terça-feira, 27 de outubro de 2009

O ENIGMA DA ESFINGE

Ao amanhecer
                     Tão frágil que precisa de cuidados
Parece belo o despertar da vida
Cheio de potência e sem impressões
Ainda não caminha
Não sabe o que é a vida.


Ao entardecer
Olha para o horizonte e quer alcançar
O que a vida promete
Não sem um preço
Aí começa a tragédia
Pode dizer que ama e trair
Pode fingir que é amigo
Pode matar pelo poder
Pode matar qualquer um pelo vil metal
Destruir qualquer um que atravesse seu caminho.

Ao anoitecer
Não consegue mais olhar no espelho
Percebe as marcas da existência
Rememora alegrias e tristezas com dor
Agora caminha com dificuldade
E sente constantemente a presença do ceifeiro.

No íntimo precisa amar e ser amado
Sente prazer no sonhar
Misto de potência e fragilidade
Queria ter asas para voar
Mas é apenas...
...o Homem.

2 comentários:

Lecy'ns disse...

Oie!
Estou ficando por aqui.rsrsrs
lindo o poema... me encantei com teus textos e poesia.
E..mudando a prosa:posso postar esta poesia no meu blog ? achei lindo !

grande abraço.

J.Ricardo Vieira disse...

Obrigado! Fique à vontade para lançar mais garrafas ao mar...